Mensagens,Poemas e Poesias
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Eu Aprendi
EU APRENDI
Que a melhor sala de aula do mundo
Está aos pés de uma pessoa mais velha;
EU APRENDI
Que ser gentil é mais importante do que estar certo;
EU APRENDI
Que eu sempre posso fazer uma prece por alguém
Quando não tenho a força para
Ajudá-lo de alguma outra forma;
EU APRENDI
Que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
Cada um de nós precisa de um amigo
Brincalhão para se divertir junto;
EU APRENDI
Que algumas vezes tudo o que precisamos
É de uma mão para segurar
E um coração para nos entender;
EU APRENDI
Que deveríamos ser gratos a deus
Por não nos dar tudo que lhe pedimos;
EU APRENDI
Que dinheiro não compra "classe";
EU APRENDI
Que são os pequenos acontecimentos
Diários que tornam a vida espetacular;
EU APRENDI
Que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa
Que deseja ser apreciada,
Compreendida e amada;
EU APRENDI
Que deus não fez tudo num só dia;
O que me faz pensar que eu possa?
EU APRENDI
Que ignorar os fatos não os altera;
EU APRENDI
Que o amor, e não o tempo,
É que cura todas as feridas;
EU APRENDI
Que cada pessoa que a gente conhece
Deve ser saudada com um sorriso;
EU APRENDI
Que ninguém é perfeito
Até que você se apaixone por essa pessoa;
EU APRENDI
Que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
EU APRENDI
Que as oportunidades nunca são perdidas;
Alguém vai aproveitar as que você perdeu.
EU APRENDI
Que quando o ancoradouro se torna amargo
A felicidade vai aportar em outro lugar;
EU APRENDI
Que devemos sempre ter palavras doces e gentis
Pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las;
EU APRENDI
Que um sorriso é a maneira mais barata
De melhorar sua aparência;
EU APRENDI
Que todos querem viver no topo da montanha,
Mas toda felicidade e crescimento
Ocorre quando você esta escalando-a;
EU APRENDI
Que quanto menos tempo tenho,
Mais coisas consigo fazer.(William Shakespeare)
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Assim... Como colibri
Assim como colibri, conhecido beija-flor
Que se alimenta do nectar das flores,
Quero me alimentar do seu amor
E me perder no seu suave aroma,
Que me guia pelo inconsciente;
Dos meus sonhos tu tornas-se a dona,
Sendo o melhor de tudo em minha mente.
Assim como colibri, conhecido beija-flor.
Quero voar ao arco-íris de alegria em cor,
E cruzar o céu azul transmitindo minha felicidade,
Que foi encontrar você, linda, bela, do amor a simplicidade.
Assim como colibri, conhecido beija-flor.
Quero beijar você, como se beija uma rosa.
Com todo amor e cuidado;
Para não ferir uma pétala sequer de seu coração
Transformando em realidade, a ilusão.
Assim como colibri, conhecido beija-flor.
Procura um espaço entre as flores,
Quero encontrar um espaço em seu coração
E quem sabe assim conhecer o amor
Vivendo ao seu lado uma intensa paixão
Henrique Neves
segunda-feira, 3 de junho de 2013
O Andaime
O tempo que eu hei sonhado
Quantos anos foi de vida!
Ah, quanto do meu passado
Foi só a vida mentida
De um futuro imaginado!
Aqui à beira do rio
Sossego sem ter razão.
Este seu correr vazio
Figura, anônimo e frio,
A vida vivida em vão.
A ‘sp’rança que pouco alcança!
Que desejo vale o ensejo?
E uma bola de criança
Sobre mais que minha ‘s’prança,
Rola mais que o meu desejo.
Ondas do rio, tão leves
Que não sois ondas sequer,
Horas, dias, anos, breves
Passam — verduras ou neves
Que o mesmo sol faz morrer.
Gastei tudo que não tinha.
Sou mais velho do que sou.
A ilusão, que me mantinha,
Só no palco era rainha:
Despiu-se, e o reino acabou.
Leve som das águas lentas,
Gulosas da margem ida,
Que lembranças sonolentas
De esperanças nevoentas!
Que sonhos o sonho e a vida!
Que fiz de mim? Encontrei-me
Quando estava já perdido.
Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime
No que lhe foi desmentido.
Som morto das águas mansas
Que correm por ter que ser,
Leva não só lembranças —
Mortas, porque hão de morrer.
Sou já o morto futuro.
Só um sonho me liga a mim —
O sonho atrasado e obscuro
Do que eu devera ser — muro
Do meu deserto jardim.
Ondas passadas, levai-me
Para o alvido do mar!
Ao que não serei legai-me,
Que cerquei com um andaime
A casa por fabricar.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
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